Experiência ou Revonação?

A indefinição da posição número um de nossa Seleção é evidente. Até por todos os nomes já convocados por Mano Menezes (foram 12 diferentes até o jogo contra o Iraque, na tarde de ontem). A dúvida sobre quem será nosso arqueiro para a Copa em nosso país abre uma boa discussão: será que Mano está certo em apostar em renovações no gol, contando que já foram convocados goleiros jovens que não aproveitaram suas chances, ou então é melhor testar arqueiros já rodados e experientes?

Quem assistiu a última rodada do Brasileirão, sem dúvida escolheu Rogério Ceni como um dos craques desse meio de semana. Sua atuação contra o Vasco foi espetacular, relembrando o seu momento de maior auge no tricolor paulista (em 2005, quando levou o São Paulo ao título da Libertadores, e no final do ano sendo o grande protagonista do tricolor no título mundial em Tóquio, fazendo a melhor partida de sua vida, contra o Liverpool). Rogério, aos 39 anos, mostrou que está em grande forma, mostrando grande colocação debaixo dos paus e, quando isso não acontecia, recompensou pela elasticidade e precisão nas saídas de gol.

Apesar de Mano dar preferência a nova geração de goleiros que temos (dos 12 já convocados, apenas 4 tem idade acima dos 30 anos), abre-se uma dúvida no ar: como todos esses nomes já chamados, tiveram a sua chance com a amarelinha e não conseguiram se firmar, porque não testar um nome experiente, que já tem uma grande rodagem e uma Copa do Mundo no currículo? Modesto como sempre, Rogério fez pouco caso sobre a Seleção Brasileira após o jogo de quarta:

"Estou sendo premiado pela boa fase do São Paulo. Os goleiros da Seleção estão bem, e ainda têm outros na fila, como o Diego Cavalieir. Tem gente que está com continuidade de carreira muito melhor que a minha,  porque eu tenho um caminho que não dá mais para a Copa. Minha época já passou".

Manos Menezes sempre diz que renovação é a palavra-chave no momento, e defende essa ideia com unhas e dentes. Muitos talvez irão contra essa sugestão, mas é um ponto a ser questionado e pensado com muito carinho, se quisermos mesmo ganhar uma Copa do Mundo em nosso País.

Ídolos da Camisa Um - Gianluigi Buffon

Nome Completo: Gianluigi Buffon
Data de Nascimento: 28 de janeiro de 1978
Cidade: Carrara, Itália
Altura: 1,91 m
Peso: 83 kg
Pé: Destro
Mão: Direita
Clubes: Parma (1995 - 2001); Juventus (2001 - 2012).


Gianluigi Buffon nasceu em 28 de janeiro de 1978, na cidade de Carrara, na Itália. Começou sua carreira como goleiro nas categorias de base do Parma em 1991, com apenas 13 anos de idade. Fez sua estréia na Série A na equipe em um empate em casa por 0 a 0 contra o Milan, em 1995. Continuou no clube por mais quatro temporadas, no qual fez mais de 200 partidas e conquistou seu primeiro título como profissional, a Copa da Uefa, em 1998.

Por conta de suas grandes atuações na equipe do Parma, despertou o interesse dos times maiores da Itália. Tanto que em 2001, foi anunciado como reforço da Juventus de Turim, como a maior transferência de um goleiro na história: 45 milhões de euros. Em sua primeira temporada na "Velha Senhora", Buffon já conquistou a titularidade, atuou em 45 partidas e conquistou seu primeiro Scudetto. Na temporada seguinte, fez 47 jogos, e conquistou novamente o Campeonato Italiano. Na mesma temporada, amargou um vice-campeonato da Champions League, perdendo a final nos pênaltis para o rival Milan. Em 2005, Buffon sofreu uma luxação no ombro em uma partida contra o mesmo Milan, após um choque com Kaká, e atuou apenas uma vez pelo alvinegro italiano. Na temporada 2005-2006, o time de Turim foi punido por se envolver com o escândalo que tomou conta do futebol italiano naquele ano: a manipulação de resultados no Campeonato Italiano. A Juventus foi rebaixada para a Série B, e mesmo assim Buffon ficou na equipe. Já na temporada seguinte, comandou a "Velha Senhora" no retorno a primeira divisão, com uma campanha irretocável.

Suas atuações pela Seleção Italiana fizeram dele um dos maiores goleiros de todos os tempos. Buffon recebeu sua primeira oportunidade na Azurra em 29 de outubro de 1997, com apenas 19 anos de idade, quando substituiu Pagliuca em uma partida das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998, contra a Rússia. Foi convocado para a Copa da França, mas ficou na reserva. Buffon também foi o goleiro titular para a Itália na Euro 2000, mas quebrou a mão em um amistoso contra a Noruega, oito dias antes do início do torneio, foi cortado e Toldo assumiu seu lugar.

Seu grande auge na Seleção Italiana foi na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Peça fundamental no esquema de Marcelo Lippi, contou com toda a sua experiência para fazer de sua defesa a menos vazada da competição. Ficou 453 minutos sem ver suas redes balançarem. Durante a Copa, Buffon levou apenas dois gols em sete partidas (um contra de Zaccardo, contra os Estados Unidos, ainda na fase de grupos; e o outro de Zidane, de pênalti, no tempo regulamentar da final contra a França). Ele foi um dos protagonistas de uma das cenas mais impressionantes e lembradas de toda a história das Copas do Mundo e do futebol: a cabeçada de Zinedine Zidane em Materazzi, no segundo tempo da prorrogação da final. Foi Buffon quem denunciou a agressão de Zidane ao árbitro argentino Horacio Elizondo, que culminou na expulsão do craque francês.

Em 2008, Buffon ganhou a braçadeira de capitão da Azurra, após o corte de Cannavaro da Eurocopa do mesmo ano. Em 2010, jogou sua terceira Copa do Mundo, não tendo a mesma atuação da última edição, caindo com a Seleção Italiana ainda na primeira fase. Buffon ainda saiu machucado na partida contra o Paraguai e não retornou mais a equipe. Neste ano, disputou ainda a Eurocopa, perdendo a final para a Espanha.

TÍTULOS

Parma:

 Copa da Uefa: 1998-1999;
 Copa da Itália: 1998-1999;
 Supercopa da Itália: 1999.

Juventus: 

 Campeonato Italiano: 2001-2002, 2002-2003 e 2011-2012;
 Campeonato Italiano Série B: 2006-2007;
 Supercopa da Itália: 2002, 2003 e 2012.

Seleção Italiana:

 Copa do Mundo: 2006.

Prêmios individuais:

 Lista do Fifa 100 ( lista com os melhores jogadores de futebol vivos);
 Troféu Bravo (melhor jogador jovem da Europa): 1999;
 Melhor goleiro do mundo pela IFFHS: 2003, 2004, 2006 e 2007;
 Troféu Yashin: 2006;
 Equipe do Ano da UEFA:  2003, 2004 e 2006;
 FIFPro World XI: 2006 e 2007;
 Equipe da Eurocopa: 2008 e 2012.